Equipe
atenta às informações de Patrícia Peck, advogada, especialista em Direito
Digital
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No último dia 22, estivemos participando de uma interessante
palestra ministrada pela Dra. Patrícia Peck, especialista em direito digital,
no auditório da OAB. Houve importantes esclarecimentos acerca de questões
legais sobre crimes digitais, com ênfase na proteção do cidadão que ainda está
aprendendo a lidar com o universo do intangível na sociedade digital.
Na esteira da
tecnologia, privacidade e segurança não são artigos de luxo
Rosa Braga, Lucilene
Amorim e Gleice Moreira
Cada dia mais observamos
que o uso das tecnologias se consolida; o brasileiro tem uma afinidade total, já
há mais linhas de celulares que gente no nosso país: 263 milhões de linhas para
190 milhões; o uso das redes sociais explodiram; esse cenário gera mudança de hábito e impõe algumas
reflexões sobre comportamentos necessários nessa era digital, até que ponto os
riscos estão sendo dimensionados? No mundo físico, todos adotam cuidados com a
segurança, ninguém dorme com a porta aberta, contudo, no mundo digital, na
maioria das vezes, não primamos por isso ainda que seja importante zelar pela
privacidade e proteção de nossas informações.
Fonte: Revista
Época, disponível em http://revistaepoca.globo.com/vida/noticia/2012/06/o-celular-que-escraviza.html.
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Espionagem, ciberterrorismo,
estelionato digital, furto de identidade, fraude eletrônica, herança digital inconsequente
são apenas alguns dos problemas que podem nos atingir se não tomarmos os
devidos cuidados com segurança digital. Patrícia Peck nos alerta sobre indesejadas
consequências, ilustrando com casos expostos pela imprensa de pais que foram
responsabilizados pelos deslizes dos filhos nas redes sociais, funcionários que
foram demitidos por exposição indevida, suicídio de adolescentes, prejuízos
financeiros, morais e éticos, enfim, existem problemas, mas também caminhos a trilhar que nos ajudam
no alerta para evitar maiores dores de cabeça.
Não é caso de estabelecer
histeria coletiva contra as ferramentas de comunicação da sociedade digital,
mas de pensarmos mecanismos de enfrentamento para desfrutar dos benefícios sem
prejuízos, adotando algumas estratégias de proteção, seguindo a princípio a
legislação e orientações dos provedores dos serviços midiáticos.
Algumas reflexões:
- Não há almoço grátis, assim, quando você cadastra seus dados em troca de conta de e-mail em provedor, assina contrato autorizando uso de suas informações, daí seja equilibrado ao virtualizar sua vida privada;
- Adotar comportamento preventivo deve ser rotina para lidar com esse mundo sem paredes, fechar a porta digital, assim como fechamos portas e janelas das residências, instalar antivírus, não abrir mensagens suspeitas;
- Compartilhar mensagens preconceituosas, fazer incitação ao crime, curtir postagens difamatórias te faz coautor e pode resultar em problemas com a lei;
- Não é ético se relacionar em redes sociais (Facebook, Instagran, Timblr, Snapchat) com crianças menores de 13 anos, considerando que não é permitido. Além do que as crianças ao entrar muito cedo, quando ainda não estão maduras, podem divulgar informações úteis aos bandidos e a exposição excessiva sem levar em conta os riscos geram danos;
- Crianças que possuem celular devem ser orientadas sobre direito de imagem, netiqueta e devem aceitar que os pais podem acessar seus dados a qualquer momento, já que a própria lei os autoriza (artigo 1634 do Código civil, parágrafo VII - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição)
- Aplicativos sociais da empresa não são locais para apelidos carinhosos, comentários políticos, religiosos, fotos de diversão quando deveria estar trabalhando - adotar o manual corporativo é uma obrigação institucional;
- Optar pelo bom senso ao postar, pois a palavra falada tem um peso, a escrita tem muito mais impacto;
- Caso seja prejudicado na rede social, não fazer justiça com o próprio mouse, buscar os canais legais para se defender e punir o agressor.
A sociedade atual
não separa mais o real do virtual, gerando muitos desafios e devemos nos
municiar para combater os problemas. O Marco civil da internet no Brasil
representa muitos avanços na legislação. O ponto chave é educar a nova geração sobre
segurança digital, princípios e valores éticos, isso tornará o convívio social
digital mais fácil e produtivo.
Para saber mais:
Cartilha de segurança para internet: http://cartilha.cert.br/sobre/old/cartilha_seguranca_3.1.pdf
Dicas para proteção no universo digital:
www.criancamaissegura.com.br
Um comentário:
Muito bom meninas. O universo digital esconde tantas armadilhas que um pequeno descuido pode nos criar um grande problema. Obrigada por compartilhar seus conhecimentos.
Parabéns.
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